A família de Sandra Marilda Lopes – que foi brutalmente assassinada em 2015 no aterro sanitário de Santa Tereza do Oeste – classificou como “sensação de alívio” a notícia da prisão de Ademir dos Santos Geleski, condenado em segunda instância pelo homicídio.
Apesar do medo de falar sobre o assunto, devido ao fato de as famílias se conhecerem, sob a garantia de anonimato, um familiar desabafou: “A gente começa a acreditar que a Justiça existe. Por tudo o que fizeram com ela, fica uma sensação de alívio ao saber que ele será punido. Só de andar pela cidade e não encontrar ele [Ademir] a gente já pode respirar mais tranquilo”.
Ademir foi preso pela Polícia Militar e encaminhado à 15ª Subdivisão Policial de Cascavel na noite de segunda-feira (21). Ele foi condenado a 16 anos de prisão em junho de 2018 pelo homicídio de Sandra, que era fiscal ambiental da Prefeitura de Santa Tereza do Oeste. Agora, com a condenação em segunda instância, ele começa a cumprir a pena em regime fechado.
Como a sentença já transitou em julgado, Ademir deve ficar na carceragem da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel até que o juiz determine sua transferência, provavelmente para a PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel).
Emboscada
Sandra Marilda Lopes tinha 54 anos quando foi morta em um lixão do Município de Santa Tereza do Oeste, no dia 30 de julho de 2015. De acordo com a Polícia Militar, o motorista Wagner Marcelo Neto levou a fiscal até o aterro para uma fiscalização, mas chegando lá os dois foram agredidos por Ademir dos Santos Geleski e pelo irmão dele, que na época tinha 17 anos.
Os irmãos trabalhavam com recicláveis e já haviam tido outros desentendimentos com a fiscal.
Conforme o processo, os irmãos começaram a discutir e a jogar pedras contra os dois servidores públicos. Sandra foi agredida com uma faca e atropelada por Geleski quando ele fugiu com o veículo da prefeitura.
Mesmo ferido, o motorista Wagner conseguiu fugir do local e chamar a polícia, mas Sandra sofreu várias facadas no pescoço e na cabeça e não sobreviveu.